Donizete Galvão ǀ sèrieAlfa 63
Foto: Joan Navarro
Donizete Galvão
Fachada
Logo vai terminar o
prazo
para o
homem construir sua fachada.
Ele continua em
andaimes.
Provisório.
Exibe máscaras
cambiantes.
Sua face inconclusa,
sustentada por
ferragens,
parece
esconder que,
em
todos esses anos de obra,
ergueram-se
inúteis plataformas
para
edificar um escombro.
Donizete Galvão (Borda
da Mata, MG). Poeta, jornalista e publicitário, publicou
Azul navalha, As faces do rio, Do silêncio da pedra, A carne e o tempo,
Ruminações, Pelo corpo (em parceria com Ronald Polito),
Mundo mudo, Mania de Bicho, O sapo apaixonado e O homem inacabado.
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Façana
De
seguida acabarà el termini
perquè
l’home construïsca la seua façana.
Ell
segueix en les bastides.
Provisional.
Exhibeix
màscares canviants.
El seu rostre
inconclús,
sostingut
per ferramentes,
sembla
amagar que,
durant
tots aqueixos anys d’obra,
es van
aixecar inútils plataformes
per
edificar un enderroc.
Donizete Galvão (Borda da Mata, MG). Poeta,
periodista i publicitari, ha editat Azul navalha, As faces do rio,
Do silêncio da pedra, A carne e o tempo, Ruminações, Pelo corpo (em parceria
com Ronald Polito), Mundo mudo, Mania de Bicho, O
sapo apaixonado i O homem inacabado.
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Traducció: Joan Navarro
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Fachada
Pronto terminará el plazo
para que el hombre construya
su fachada.
Él sigue en los andamios.
Provisional.
Exhibe máscaras cambiantes.
Su rostro inconcluso,
sostenido por herrajes,
parece esconder que,
en todos estos años de obra,
se levantaron inútiles
plataformas
para edificar un escombro.
Donizete Galvão (Borda da Mata, MG). Poeta,
periodista y publicista, publicó Azul navalha, As
faces do rio, Do silêncio da pedra,
A carne e o tempo, Ruminações, Pelo corpo (em parceria
com Ronald Polito), Mundo mudo, Mania
de Bicho, O sapo apaixonado y O homem inacabado.
| Traducción: Joan Navarro
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Façade
Bientôt va terminer le délai
pour
que l’homme construise sa façade.
Il est encore sur l’échafaudage.
Provisoire.
Il exhibe des masques changeants.
Son visage inachevé,
soutenu
par des ferrures
semble
cacher que,
pendant
toutes ces années de travaux,
d’inutiles
plateformes furent levées
pour
édifier un décombre.
Donizete Galvão (Borda
da Mata, MG). Poète, journaliste
et publiciste. Il a édité Azul navalha, As faces
do rio, Do silêncio da pedra,
A carne e o tempo, Ruminações, Pelo corpo (avec Ronald Polito),
Mundo mudo, Mania de Bicho, O sapo apaixonado et O homem
inacabado.
| Traduction : Dolors Català
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